O motorista Rodrigo Neumann Pires irá a júri popular, acusado de assassinar os seguranças Edineia Capote de Oliveira Gonçalves e Vanderlei Antônio de Lima, em 23 de março de 2024, no bairro Conradinho, em Guarapuava. A decisão de pronúncia foi confirmada pela Justiça no início de junho de 2025, e o julgamento deve ocorrer nos próximos meses.

O crime aconteceu em uma loja de conveniência, onde, segundo as investigações, Rodrigo teria discutido com os seguranças antes de sair do local e retornar armado. Ao chegar, efetuou disparos que atingiram as duas vítimas, que morreram ainda no local.

Acusação
O Ministério Público denunciou o motorista por duplo homicídio qualificado, apontando as seguintes circunstâncias agravantes:
Motivo fútil, por causa de uma discussão banal;
Recurso que dificultou a defesa das vítimas, caracterizando surpresa;
E perigo comum, já que os disparos colocaram outras pessoas em risco.
Com base nessas qualificadoras, a acusação pede condenação por homicídio duplamente qualificado, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.
Defesa contesta qualificadoras
A defesa de Rodrigo Neumann Pires contesta a versão do Ministério Público. Segundo o advogado, o réu não agiu por motivo fútil, pois houve uma discussão e suposta agressão prévia por parte dos seguranças.
A defesa também argumenta que não houve surpresa, já que o motorista teria avisado que voltaria ao local, e rebate a tese de perigo comum, sustentando que os tiros foram direcionados apenas aos dois seguranças.
Além disso, o advogado destaca que o laudo toxicológico, feito em abril de 2024, não apontou presença de drogas no sangue do acusado — o que, segundo a defesa, desmonta a hipótese de que Rodrigo estaria sob efeito de entorpecentes ou fora de controle emocional no momento do crime.
Julgamento
Com a decisão de pronúncia, o caso segue para o Tribunal do Júri, onde sete jurados irão decidir se Rodrigo é culpado ou inocente. A data do julgamento ainda não foi definida pela Justiça.
O processo segue tramitando na Comarca de Guarapuava, e o caso continua repercutindo fortemente na cidade, especialmente entre familiares das vítimas e a comunidade local, que aguarda o desfecho do julgamento.
Via: Meu Paraná
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